sábado, 31 de julho de 2010

Inutilidades da vida

Pô, tá faltando assunto aqui. Primeiro porque eu não tenho feito lá muita coisa legal. Segundo porque eu tô meio paralítica mentalmente e só consigo pensar que daqui há pouco vou prá NY!

Então aqui vão os fatos mais interessantes dos últimos dias:

- De longe o ponto alto da semana (que foi chata) foi a quantidade de Pimm's ingerida ontem no Happy Hour das famosíssimas Blogueiras, que todo mundo conhece. Não vou me alongar no assunto até porque a Flá e a Helô já escreveram sobre ele e porque as fotos abaixo foram roubadas da Helô. Mas ó: patrão. Ficamos mais de cinco horas fofocando, pediram silêncio de-no-vo (o que ocorre?!), milhares de jarras de bebida, boa comida, e é isso ai. Não precisa de mais.

(Aliás, no Pub Weekly tem um post sobre o Pub incrível que a gente foi)

- Alguém lembra do casamento Indiano zuuuper legal e que eu tava animadona prá ir? Então, não é agora que eu vou ver Raj e Maya no altar. Ele cai bem no final de semana que eu vou tá em NY, ó céus... Não tô recramando não, tá, mas fiquei desiludida e queria compartilhar.

- A temporada de verão Londrino atraiu muita gente prá região. Além da sogra, a Luzia brother dela está em casa. Nosso amigo Tico chega na quinta que vem. Depois o pai do Rodrigo. Depois talvez a Nat. Depois.... etc etc etc. Nóis não tem $$ prá viajar, temos que receber a galhera!

- Mais uma da sessão "Pérolas do Rodrigo" ou "Love is in the Air" ou "Como perder uma mulher em 10 dias": fui no shopping de Canary Wharf com ele hoje e descobrimos que vai abrir uma Tiffany lá. Ao que o Rodrigo começa a discorrer sobre o seu ódio mortal pela marca, pelos abusos e crimes Africanos pelos diamantes, etc etc etc. Minha unica reação foi perguntar:

-Marina, a iludida: "Mas ow? Cê pretende me pedir em casamento como, com um anel de papel?"
-Rodrigo: "Não ué, de ouro!"
-Marina, a iludida: "Pô Rô, mas nem uma pedrinha?!"
- Rodrigo, o mala: "Que pedra, tá louca? Só se for de Crack!"

???Me diga você, não é prá se dar um tiro???

Enfim, é isso ai. Eu avisei, nada de interessante, mas você veio ler até o final...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Windsor Castle

Então, tô aqui na maior dúvida do que escrever sobre Windsor. Domingo fomos prá lá de caravana passear no centrinho, ir no Castelo e tudo mais. E foi ótimo, mas assim... Não sei o quanto vale a pena.

Windsor é uma cidadezinha do condado de Berkshire há 40 min. só de Londres. Mas é conhecida mesmo por abrigar o Windsor Castle que é uma das três residências oficiais da Monarquia britânica e o maior e mais antigo castelo habitado no mundo! Aparentemente a Sra. Dna. Excelência Rainha passa vááários finais de semana desagradáveis por lá.

O Castelo tem uma história de mais de 900 anos, mas durante esse tempo foi evoluindo seu estilo conforme os tempos, já que a galhera ainda vive lá - imagino eu que não dava prá deixar o lugar sem banheiro por exemplo, né? Ele é obviamente lindo, enooorme (45 mil m2!) e cheio de história prá contar. Adóóro escutar o audio-guide (que é de grátis) sobre a torre de defesa, a estrutura dos muros, quem morou lá, quem fez ou deixou de fazer o quê, etc...

Fora que a atração mais legal mesmo (hihi) é a famosa Casa de Bonecas da Queen Mary, feita no início anos 1920. Pelo que eu entendi a idéia veio da (desocupada) prima dela, a Marie Louise, que tinha vários contatos no mundo artístico e arquitetônico, inclusive o arquiteto famosão da época, Sir Edwin Lutyens, que foi quem construiu a casa. Só que assim gente, o negócio é perfeito e lindo, lindo lindo! A ponto de as miniaturas (de aspirador de pó, por exemplo) funcionarem, a casa ter Luz elétrica e até sistema de encanamento - QUE FUNCIONA...!

Essa é a sala principal da casa, olha isso!

Mas então, apesar dessa atração lindinha (mas também super rápida, né?) com certeza, by far, não foi o Castelo/Palácio mais legal que eu já fui. Não sei se justamente porque ele ainda é habitado ou se é o jeito como eles contam a história, mas não saímos (eu e a Carol pelo menos) zuuuper impressionadas. Os Palácios de Viena, por exemplo, dão de mil! Até a visita ao Palácio da Espanha - que é bem menor obviamente e é um Palácio afinal, não um Castelo - achei mais interessante!

A questão também é que apesar de ser bem perto de Londres, tem que pegar o metrô até a estação (Paddington ou Vauxhall), pegar o trem até Slough e trocar de trem prá Windsor. Tudo isso obviamente lotado e calorento, como tudo aqui no verão :) E lá, com o tempo lindo que fez e em plena férias de Julho, imaginem a situação da quantidade de pessoas e de fila que nós enfrentamos debaixo do sol. Enfim, resumindo: é um programa BEM turístico e você tem que estar beeem no clima da coisa!

De jeito nenhum que é chato ou ruim ou feio, entende? Mas por exemplo, prá quem vem prá Londres pela primeira vez ou prá passar menos de uma semana... Eu diria que tem coisas mais legais - e mais fáceis e baratas! - de se fazer. Agora, óbvio. Prá quem mora em Londres ou vem passar um tempão na Inglaterra, é algo interessante, né? Só tentar ir em dia de semana e fora da alta temporada... Deve ser mais agradável! hehe

domingo, 25 de julho de 2010

Handbags, It Bags, Designer Bags...

(Post com conteúdo altamente feminino)

Eu nunca tive assim essa vontade louca de ter uma bolsa dessas carésimas. HA-HA nem a vontade nem muito menos a grana, né? Prá mim rola(va) todo aquele constrangimento, aimeudeus eu vou comprar uma bolsa que alimenta uma família, eu podia fazer tanta coisa com isso, etc etc. Plus que eu nunca teria o cash prá ir lá e dar uma de malandra gastando meu suado salariozinhoinho.

Enfim, só que aqui rola um complô contra os meus princípios pão-durentos. Sério, aqui as moça Inglesas quase só usam bolsas carésimas. São tantas que, quando eu cheguei na minha abençoada ex-ignorância, tinha tanta, mas TANTA bolsa Mulberry pela rua que eu achava que era tipo uma marca mais barata que imitava a Burberry - juro! (Hoje eu sei tá, sei muito bem quanto elas custam).

Tipo assim, andando na rua, no metrô, em qualquer beco tá lá uma cidadã com sua Miu Miu de £700, sua Louis Vuitton de £600, sua Marc Jacobs de £400 - prá falar das mais humildes... Simples assim. Tem umas que você até pensa "Ok, meio carne de vaca essa aqui..."

A Neverfull e a Speedy da LV eu tô nem considerando mais. Tem MUITO aqui, parece da 25 de Março, juro!

E quando eu falo que o assunto é sério, é verdade, ok? Em um documentário da BBC sobre a geração dos Noughties (nóis, anos 2000) é um termo quase científico: Bagonomics. Aparentemente (e você enxerga na rua) nos meados da década as bolsas foram o fenômeno mais crescente na moda de luxo e as Britânicas gastaram £350.000.000 em um ano só em bolsas.

"Bagonomics was the driver of the fashion industry in the Noughties. Rising incomes or just the power of the credit card, brought these huge purchases within many people's reach. But this wasn't about head-to-toe luxury. The mixing of high fashion and high street was a trademark of the decade. New, speeded-up production techniques meant that often it was hard to tell which was which".

Simplesmente o que diz ai em cima é: as moça compra suas roupas baratchénhas na Zara, H&M, Top Shop ou até Primark e gasta os zóio com uma bolsa prá assim... complementar o vizu.

Pobrema é que dai né, nóis pobres mortais aqui acaba achando nóóórmal ter um regalo desses no armário prá ir com as blusinhas do Primark! Eu já tenho até plena consciência de que eu eventualmente não vou resistir, vou ceder, ir lá comprar uma e o Rodrigo vai me largar. Mas fazer o que? Quisera eu ter continuado na minha santa ignorância, mas agora que eu sou lembrada toda hora o quanto algumas dessas bolsas são lindas, não tem mais volta. Daqui uns meses eu conto qual foi meu deslize.

(só uma mulher consegue entender a profundidade do tema, só.)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Corretor Ortográfico...

A gente se vê por aqui.

(Ô gente, faz favor de avisar quando vocês spot tipo um eSperiências aqui, faz favor? Acho UÓ blog com português errado, péssimo, péssimo. Simplismente não dá prá asseitar uma coiza deças :)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Royal Opera House - Bolshoi

Olha, claro que vai da minha opinião tá. Mas acho poucas experiências Londonísticas tão incríveis como ir na Royal Opera House ver um espetáculo. Juro, é um desbunde sem fim, atóóórom.

Primeiro porque a Opera fica em Covent Garden, que é um dos lugares mais gostosos da cidade prá passear, ver lojinhas, ver gente, artistas de rua, restaurantes, pubs... Segundo porque eu a Opera é muito linda cheia de história, desenvolvimento e reformas até chegar em como ela está hoje. Plus, gosto mais ainda quando tenho a chance de assistir um Ballet de uma companhia como o Bolshoi, ou a Royal! Juro, seguro a lágrima :)

Imagens descaradamente roubadas do site da ROH

Na Terça, por graça divina, o Martin (marido da Colhega) decidiu que era mais negócio jogar futebol do que ver o Ballet. Rá! Nem hesitei quando ela perguntou se eu queria ir com o ingresso dele. Eles iam ver Spartacus com o Bolshoi e né, quem sou eu prá recusar ver o Bolshoi na ROH? E lá nóis fomos belas e formosas.

A gente curtiu muito o ballet. Gostamos especialmente do próprio Spartacus, um espetáculo de (homem) Bailarino esse Ivan Vasiliev. Cada pulo, cada milhões de piruetas, uma leveza, uma força, foi muito, muito interessante ver um ballet diferente, com um homem no centro das atenções. Fora que valeu pelo nosso ataque de riso inexplicável no terceiro ato.

Espero ainda voltar muitas vezes prá ver Ballets aqui em Londres. Por enquanto só vi esse e A Bela Adormecida em Outubro com a Carol. O próximo que me deu vontade é Coppelia, veremos...!

Assim, prá quem tiver interesse, eu acho um programa muito, muito legal. Exige antecedência (os ingressos às vezes esgotam rápido, ainda mais prás óperas, então tem que comprar bem antes!) e é meio caro sim. Mas existem convites mais baratos um pouco e prá quem gosta de Ballet, Opera, é maravilhoso!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Primark


Olha, difícil explicar o que é o Primark, viu? Tipo assim, a realização de todos meus sonhos?

Tá bom vai, menos. É só uma loja barata. Bem barata. Muito barata. Ridícula de barata. Ri-dí-cu-la. Prá vocês terem uma noção (e eu nem sabia disso até agora há pouco), a média de preço da peça lá é £4,00... Gente, alow, menos de R$12,00.

Daí você pensa: só vende coisinhas, acessoriozinhos e coisa e tal. Mas não, os caras vendem tu-do. De prendedor de cabelo à almofada, de meia-calça à cortina de box, de vestido a malas grandes de viagem. Tudo na pechincha. Já comprei almofadas lindas (alguém foi na casa de mamãe ultimamente?) por £3, "recheio" de edredom (super quente) por £4, blusinhas (milhões) por £2. Você vai lá, compra muita, muita, muuuita coisa... E gasta £30, juro. O Rafa foi lá (meu irmão mais velho), comprou um monte de camisas bonitas prá trabalhar por £5 cada e, segundo ele, tão até que durando!

Claro, tudo tem seu "preço": as lojas parecem uma guerra, filas enormes, claustrofóbico às vezes!

Atualmente eu quase que só tenho peças básicas de lá - e sem vergonha de contar, porque eu percebi que, pelo menos alguns ingleses, móóórrem de vergonha de contar que usam roupa do Primark! Blusinhas de £1 tenho zilhões, pijamas (são lindos!), acessórios, vestidinhos e até calça jeans (comprada por £8 e durando muito) são de lá. Semana passada eu fui e venci minha última barreira de preconceito contra a loja: os sapatos. Im.pres.sio.nan.te. Comprei nada menos do que quatro sapatilhas e um sapato muito chique tudo por £37, são quatro sapatos por menos de R$100! E vou falar? Sapatos bons, muito confortáveis e bonitos. E daí se durar pouco? Paguei tão barato que compensa! (isso foi inspiração da Ju, que foi na Senso em São Paulo e comprou um sapato maraaavilhoso por muito pouco! Recomendo muito a Senso em São Paulo também haha)

Óbvio, a qualidade de algumas peças às vezes deixa a desejar, tem sim algumas quase descartáveis. Mas por exemplo, se tem algo muito da modinha (que em geral coisas da moda são carééésimas) e você tem vontade de comprar, esse é o local. Não se gasta quase nada, você usa durante a estação enquanto tá em alta e pronto. Abandona uns meses depois sem dor na consciência.

Aliás, dor na consciência era algo que eu tinha no começo quando eu ia lá. Porque né, faz você pensar: é barato demais, tem algo errado, alguém se ferra no meio do caminho, não é possível. Só que de tudo que eu já procurei sobre o Primark, óbvio que eles já foram acusados de usar trabalho infantil na Índia, trabalho escravo nas Filipinas e etc. Mas sinceramente? Nada diferente do que a Zara já foi acusada de fazer em Portugal, na Índia, no Panamá... Ou A H&M ou tantas outras. Infelizmente, acho que a diferença não tá ai, mas em quanto todas as outras investem em Marketing, estrutura e - em alguns casos só - um pouco mais de qualidade.

Enfim, eu acho um lugar bem digno prá comprar umas roupinhas, coisas prá casa e acessórios. É uma guerra, é lotadão e tudo mais, mas prá mim vale super a pena. Ah! Eu também não sabia, mas o Primark é uma marca Irlandesa e hoje tem quase 200 logas na Europa - 139 só no Reino Unido. Então de qualquer maneira, quem for prá Espanha, Alemanha, Holanda, Portugal ou Bélgica acha uma loja também.

Só prá ilustrar a situação. Isso foi na abertura de uma loja do Primark não sei onde. Houve um boato de que todas as peças estariam por £1 e a galera se matou, clima promoção das casas Bahia com fila às 5h da manhã, saca?

domingo, 18 de julho de 2010

Sunday Roast

Faz favor, encontre o erro na foto abaixo:

Não achou? Mas como? Acho difícil não achar esse BRAÇO ENORME, hein!! Pois é, vivo falando que não gosto da comida daqui, que só tem porcaria e coisa e tal e como, meu Pai, coooomo que eu tô crescendo, não?! Enfim...

Dai vem um Domingão desses, mó solzão, sogritcha em casa, se faz o que? Sai prá comer, lógico... Mas não só comer. Comer um prato tradicional, num Pub tradicional, comer tradicionalmente muito no Domingo.

Fomos nesse The Gun, um Pub mó escondido em Blackwall, nem sei como a Carol descobriu aquilo ali. Mas de fato era um lugar lindinho e, segundo ela, tinha o Sunday Roast, que é um prato bem tradicional Inglês. No fim das contas o Roast nada mais é do que um Roast (carne de vaca, porco, frango ou cordeiro) com cenouras, batatas, parnsnip (não tem no Brasil, não sei explicar), vagem e o tal do Yorkshire Puddim.

Já diria Heloisa: foto de comida é difícil ficar feia, não?

Esse negócio que meio parece um cogumelo avantajado ao contrário é o Puddim, que é um acompanhamento do Roast. Veio de Yorkshire (dããã) e eu li aí uma história que nos antigamente, como a carne era muito cara, os Ingleses comiam esse puddim no molho de carne (hoje servem com Gravy) prá disfarçar que a carne na verdade era pouca, sabe? Achei digno.

Enfim, hoje a carne não é pouca (tava um pouco dura, fato), então comemos muito e acompanhado de uma Pimms super boa, então... Já valeu pelas calorias do final de semana.

Os brothers

E depois não sei porque tô engordando......


terça-feira, 13 de julho de 2010

La Tasca

Aqui em Londres, a primeira vez que eu vim, achei uma coisa bem da engraçada. Aqui tem MUITO "chain". Mas assim, mui-to. São cadeias de lojas, cadeias de restaurantes, cadeias até de farmácia, né Boots?

É muito comum ter mil restaurantes iguais pela cidade, às vezes a menos de 100 m de distância um do outro (os mil Bella Itália de Leicester Square, por exemplo). E nem é só restaurante. A Accessorize é enjoativa, tem em qualquer esquina. Restaurantes-cafés-fast-food (não sei como descrever esses) como o Pret A Manger ou o Eat também. Nandos, Wagamamas, GBK, Bella Itália, Pizza Express, Itsu, juro, é chain que não acaba mais.

Não acho isso necessariamente ruim não, até porque não é porque são redes que a qualidade é ruim. Muitos deles são uma delícia ou super práticos, tipo o Wagamamas, que a gente adora. Ou o - hummmm - La Tasca. O La Tasca é uma dessas chains, de comida Espanhola. Servem milhares de tapas diferentes, entradas deliciosas e uma Sangria bem digna.

E qual não foi minha boa surpresa quando eu descobri que tem um La Tasca aqui atrás de casa. Já tinha ido em alguns, em diferentes lugares de Londres e até hoje, vergonhosamente, não sabia que tinha um vizinho aqui. E melhor, não só vizinho, mas num lugar delícia, na frente do rio (rio mais ou menos, é West India Quay), o restaurante é enorme e tem uma varandona lá fora que nesse calor atual é muuuito convidativa.



Enfim, não é A comida Espanhola da sua vida, lógico. Mas comida da Espanha é boa de qualquer jeito e se tá procurando uma opção das mais baratchénhas que tenha em qualquer lugar, eu muuuito recomendo. Sempre que eu vou lá como muuuito e saio muito satisfeita! :)

sábado, 10 de julho de 2010

Newburgh Quarter


Eu faz tempo que queria contar desse lugar, afinal eu vou lá todo santo dia, néam... É assim: aqui em Londres a Carnaby St é muito famosinha. É uma rua gostosa, animada, cheia de gente independente do tempo, com lojénhas incríveis e fica bem perto da Oxford St. Por exemplo, a lateral da Liberty (que eles chamam de Carnaby Corner) tem uma entrada para a rua e é a parte da loja que eu mais gosto, cheia de coisinhas fofinhas, zuuuper femininas, enfim, blá blá blá, uma graça.

Mas o que eu mais gosto ali é um espaço - tipo um quarteirão - que fica do lado esquerdo da Carnaby, que eles chamam de Newburgh Quarter

Esse pedacinho é composto pela rua principal (Newburgh St.) e as ruazinhas pequenas que cruzam essa e terminam na Carnaby. Segundo eles (ou seja, meio verdade, meio marketing), o Newburgh é conhecido por ser um espaço de criação de tendências, de novos designers, marcas e tudo mais. Aparentemente lá já foi a primeira lojinha de alguns estilistas que hoje desfilam coleções no Fashion Week e coisa e tal.


Plus, lá tem alguns pubs, cafezinhos e restaurantes delícia, que ficam lotados principalmente na sexta a tarde. Eu ia até omitir essa informação porque todo mundo deve tá enjoado da minha propaganda, mas vou dizer: o Canela é lá, prontofalei.

Enfim, fica a dica néam. É um lugar gostosinho, super rapidão de visitar, com coisas diferentes e criativas e fica super super do lado de Oxford St., ou seja, nem é fora do caminho mega turístico daqui.


terça-feira, 6 de julho de 2010

And all that Jazz

Olha, eu vou contar o que me aconteceu ontem a noite, mas não precisa acreditar, tá? Até porque tá meio difícil até prá eu mesma me convencer. Há muitos e muitos meses, logo quando eu tinha chegado aqui, eu contei sobre o episódio do Billy Elliot, que eu achei que iria sugar toda a minha sorte pro resto da vida inteirinha, né? Mas, Rá! A vida é uma caixinha de surpresas, já diria Joseph Climber...

E eis que ontem tava eu naquele início chato de semana e tinha combinado com a Kris de irmos fazer nosso programa quase quinzenal de sair prá jantar, beber e quase morrer de tanto falar bobagens femininas. E foi super engraçado porque ela sempre escolhe onde vamos e ontem ela escolheu ir em Covent Garden... No Canela! Eu ju-ro que não tive influência na escolha, ela nem sabia do meu caso de amor com o Canela aqui de Carnaby. Então fomos, eu super alegrona de conhecer o outro Canela (fica em Seven Dials), comer bem e me divertir numa segunda-feira bem tipicamente entediante.

E tamo nóis lá, bati mó papo com a a garçonete Brasileira, conversamos, comi um negócio de vegetais com queijo de cabra super, super gostoso e tamo no meio do nosso vinho quando chega a Raimunda (a garçonete) e me solta essa:

Raimunda: "o que que vocês vão fazer depois daqui?".
Eu, mó cara de interrogação: "?????Como assimmm???"
Raimunda: "sabe o que é? Eu tenho aqui dois convites pro Chicago que vai começar daqui 5 min ali na esquina, e não tem ninguém prá ir, vai perder os convites".

...

Pois é. Eu só me pergunto QUAIS AS CHANCES, meu Pai, de um raio bom desses cair duas vezes na cabeça da mesma pessoa?

Enfim, não sei, não quero saber. Pagamos a conta correndinho e só atravessamos a rua prá ver Chicago, minha gente! De grátis! Segunda-feira! É muita emoção prá mim, não aguento. E foi ótimo, né? Já tinha visto em 2006 no teatro Abril (alow pessoal que despreza musical no Brasil, é i-dêntico, tão bom quanto) e amei do mesmo jeito. Ainda com o plus de que a gente saiu, Raimunda tinha guardado nossa meia garrafa que sobrara e ainda demos uma esticadinha de fim de noite...

Acredita?! Eu ainda não.

sábado, 3 de julho de 2010

Casamento Hindu

Gentiiiiiii, tô me sentindo muito no clima Caminho das Índias. Eu e o Rô ontem recebemos um convite de casamento... Hindu! Tipo Raj e Maya, meu sonho de consumo (de ir, não prá casar, ok?) :)

Todo mundo sabe que a comunidade Indiana em Londres é gi-gante, você vê Indianos por todos os lados e restaurantes então, nem se fala. E enquanto alguns indianos são beeeem, digamos, britânicos (afinal é toda uma geração já nascida aqui), outros mantêm bem forte suas tradições e costumes. E, pelo jeito o casamento é super, super Hindu tradicional - EBA!

Primeiro, olha que LINDO o convite, vai:

Segundo, que rolou todo um Google prá descobrir do que se tratava o casamento. Por exemplo, o que eu reparei primeiro é que são os avós do noivo que convidam prá recepção e não como nós fazemos, em que os pais dos noivoS convidam.

A inscrição no começo do convite "Shree Ganeshaya Namah" é nosso equivalente ao versículo que alguns casais colocam no convite. No caso, significa "Ganesha, I pray to You". Ganesha, como tooooodo mundo que assistiu Caminho das Índias sabe (viciada, eu?!) é aquele Deus que tem cabeça de elefante - e está no detalhe na frente do convite.

Por último e mais interessante - e que eu nunca tinha visto - é a inscrição de "No Boxed Gifts Please". Dai ferrou, né? Toda uma dúvida prá saber do que se tratava, mas com todo meu pseudo-conhecimento da cultura Hindu já esperava que era isso mesmo: é muito comum em casamentos indianos que os noivos prefiram dinheiro em vez de uma cafeteira micha, por exemplo. Do que eu tava lendo sobre essa tradição, pedir dinheiro em vez de presente não é falta de educação ou elegância. E mais, você pode até dar um presente se quiser (desde que tenha a ver com você, algo que faça os noivos lembrarem de você), mas se quer respeitar o pedido dos noivos tem que dar dinheiro mesmo.

Li até uma Indiana falando que é bem normal no fundo da festa ter uma mesa com um membro homem da família e um livro. Os convidados vão lá, falam o nome e quanto querem dar. E no final da festa o dinheiro vai pros noivos e pronto! Eles decidem o que vão comprar.

Enfim, tô mó animadona, acho que vai ser uma experiência diferente e bem legal - só me resta agora saber com que roupa, meu Pai com-que-roupa eu vou. Ó dúvida...