Eu vinha aqui toda animada contar que o cabo da minha máquina chegou e eu posso mostrar as fotos de Bath. Mas não dá, eu não posso ignorar a situação na qual me vi saindo do trabalho hoje.
O problema é que assim. Por exemplo, em 2006 numa viagem, ficamos preso 14 pessoas num elevador prá 8. Faça as contas. Ficamos quase uma hora nessa situação ingrata e teve de tudo: o cara com medo que ficou de olho fechado o tempo todo, o nervozinho que resolvia brigar com todo mundo, o engraçadão que resolveu cantar "Segura na Mão de Deus" e a menina que começou a chorar justamente porque essa foi a música do velório da vó dela (JURO, tenho testemunhas). E então que eu sou a cretina que começa a rir no meio da tragédia, muito prazer.
E outra coisa que eu nunca comentei, é que o elevador do lugar onde eu trabalho é UÓ. Ele é lindão, panorâmico, chique no úrtimo e... uma joça. Tipo banheiro que reforma e deixa o mesmo cano de 1977. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento, pegou?
Ele demora incríveis SETE segundos por andar, muitas vezes sobe e desce de soquinho (não tô brincando) e às vezes ele pára uns 2 minutos com você lá dentro e continua como se nada tivesse acontecido. Só que o casal de senhores que tava no elevador comigo hoje não sabe disso. E a hora que o bicho enguiçou me vi eu e duas caras de pavor olhando prá porta, olhos marejados e tudo mais.
E eis que começo a ouvir uma respiração dessas pesadas e chiadas de quem fuma desde os 5 anos de idade e o cara me solta "hum... eu sou claustrofóbico...". Silêncio e tensão no ar e eu juro que eu queria acalmar o cara, mas eu precisava MUITO me concentrar prá não rir, entende? E nisso baixa um não sei o quê na mulher e ela começa a apertar todos os botões desesperadamente e a gritar em tupi-guarani com o marido e eu ali respirando muito fundo me segurando, até a mulher do alarme atender.
Só que tô eu lá tentando explicar a situação prá moça do alarme e o homem fala alguma coisa, meio reclamando e eu não consegui ouvir o que ela falou. No que a senhora faz "shhhhhhhh..." e PAFT. Dá um tapão na careca do marido. Gente, A-MULHER-DEU-UM-TAPA-NA-CARECA-DO-MARIDO. E dai me diz, o que que você faz numa situação dessa, meu Deus, O QUE QUE VOCÊ FAZZZZZ?!?!?!!!
Começa a rir, claro.
Ai, juro, só o que me salvou do olhar de fuzilagem você-vai-morrer-aqui deles foi que o elevador deu mais um soquinho e voilá! Começou a descer de novo. E como a cidadã tinha apertado todos os botões, sai correndo e me fui pelas escadas. Nem tanto por medo de morrer no fundo do prédio, mas de ser assassinada pelo casal que eu achei que ia me perseguir com aquele olhar de ódio que eles me deram.
E tchau. Olha, tudo durou uns 3 min no máximo. Mas foi a diversão do meu dia.
5 comentários:
hahahahahahahahahahahaha mooito bom
Hahahahahahahhahahahahaa encheu minha alta noite de risos, Delha!!! =)
Ai ai... hahaha
Adorei!
Menina, a véa bota é quente em público hein? kkkkkkkkkkkk!
Noosssa...mas que situação!!!!!!!! rsrsr
Muito engraçado...bjks
mamadi
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