sábado, 28 de janeiro de 2012
Macacos no Brasil :)
Já faz tempo que essa (justa) imagem está na Internet e ela reflete uma verdade engraçada - não fosse triste - sobre a imagem do Brasil pra muitos estrangeiros. Realmente, tanta gente sabe pouco sobre o nosso país que uma agente de migração e até minha ex-chefe já me perguntaram se eu falava Brazilian.
Masssss, verdade seja dita também que isso diminuiu MUITO e agora, com o Brasil na moda e com tanta exposição, pouca gente ainda não sabe onde o país está e que nem toda Brasileira é bunda. Não só isso, a gente ouve histórias de pessoas que estão fazendo aulas de Português (lembram da moda de aprender Mandarim? Então, agora é nóis), gente que quer se mudar pro Brasil, gente que acha o país simplesmente o MÁXIMO - justamente, inclusive, porque acham que é pa-pa-pa-party everyday - e outros exageros.
Mas enfim, tudo isso pra contar que quando eu tô sem paciência pra perguntas ignorantes eu a-do-ro contar a história dos macacos na minha escola e falar que siiiiim, nossa, é verdade, onde eu estudava tinha macacos! Então foi assim:
Deu-se que minha escola em Campinas ficava no meio do nada e atrás dela tinha uma floresta até que grandinha, onde a gente ia caçar saci, aprender sobre a flora, era o máximo. Dai né, o desenvolvimento foi chegando, começaram e construir condomínios em toda a volta e o óbvio aconteceu: nossa escola, super arborizada e grande que é, começou a receber a fauna da floresta que ficou sem ter onde morar. Inclusive e, principalmente...os macaquinhos!
Mas gente, sério, muitos macaquinhos. E dai teve toda uma deliberação, ai que perigo, já pensou se morde uma criancinha, mas ao mesmo tempo não podiam (e nem deveriam) matar os coitadinhos que só foram parar lá porque perderam a casa... Pois bem, acredito eu que, depois de muita discussão, a escola praticamente adotou os macaquinhos.
Deixou eles lá e fez um super trabalho pra educar as criancinhas do porquê eles estavam por lá, o que eles comem, como vivem, que não pode encostar neles, que não pode maltratar, etc, e esses macaquinhos, pelo menos até quando eu fui embora, eram parte da rotina da escola - óbvio, não estavam em todo canto o tempo todo, mas vira e mexe a gente tava no meio da aula e zupt, um macaquinho parava na janela e toooodo mundo parava pra admirar a fofura (eles são umas gracinhas, desculpaê que eu não sei exatamente qual é!), as meninas com medinho que eles entrassem na sala, os meninos bullying alguém que tinha cara de macaco (o que mais esperar de meninos adolescentes?), enfim.
Então é isso, minha gente. Eu não falo Brazilian nem Espanhol, não gosto de Carnaval, não sei sambar, não vivia na floresta e não sou promíscua. Mas ahhh, que eu convivi com os macacos boa parte da minha vida Campineira, pode botar ai que é verdade! :):)
E bom Sábado pra todo mundo!
domingo, 22 de janeiro de 2012
Tudo de novo
Preguiça só de pensar: em Junho, tenho que renovar meu vistoZZzzzz.....
Pra quem não sabe eu vivo no UK com o Tier 1, que me permite trabalhar sem ter um sponsor - basicamente, trabalhar onde eu quiser, desde que não seja sub-emprego. Só que né, com a crise toda, a Europa namerda lama, um monte de gente desempregada, nada mais óbvio para o país do que cancelar TODOS os vistos possíveis e imagináveis: entrou, entrou, não entrou, não entra mais.
Esse meu visto, por exemplo, está encerrado pra qualquer pessoa que já não more no Reino Unido. E pra quem já tá aqui, vai ter que rebolar, neném... Primeiro, cobra-se a módica quantia de £1,000 (mínimo). Segundo, haja documentos pra provar que você 1) tem emprego 2) seu emprego é decente o suficiente pra justificar sua estada. Isso porque nessa última vez que voltei do Brasil a moça da migração me fez 300 perguntas e contou que eles estavam tendo que averiguar todo mundo que tem esse visto, porque tem uma galera abusando dele e vindo pra Londres trabalhar em qualquer coisa, "roubando" os poucos empregos que tem aqui.
Ou seja,um mega saco, amiguinhos. Até Junho tenho que pegar todos os meus extratos bancários do último ano, todos os meus hollerites, cartas das duas empresas em que trabalhei, diploma, comprovação que meu curso vale aqui e mais uma dezena de coisinhas pequenas que eles tão esperando eu esquecer pra não deixar eu extender.
Enfim, só um desabafo de Domingo a noite de quem acabou de ir no site do Home Office e descobrir como será o processo e quanto ele vai me custar. Boa sorte pra Moi!
Pra quem não sabe eu vivo no UK com o Tier 1, que me permite trabalhar sem ter um sponsor - basicamente, trabalhar onde eu quiser, desde que não seja sub-emprego. Só que né, com a crise toda, a Europa na
Esse meu visto, por exemplo, está encerrado pra qualquer pessoa que já não more no Reino Unido. E pra quem já tá aqui, vai ter que rebolar, neném... Primeiro, cobra-se a módica quantia de £1,000 (mínimo). Segundo, haja documentos pra provar que você 1) tem emprego 2) seu emprego é decente o suficiente pra justificar sua estada. Isso porque nessa última vez que voltei do Brasil a moça da migração me fez 300 perguntas e contou que eles estavam tendo que averiguar todo mundo que tem esse visto, porque tem uma galera abusando dele e vindo pra Londres trabalhar em qualquer coisa, "roubando" os poucos empregos que tem aqui.
Ou seja,um mega saco, amiguinhos. Até Junho tenho que pegar todos os meus extratos bancários do último ano, todos os meus hollerites, cartas das duas empresas em que trabalhei, diploma, comprovação que meu curso vale aqui e mais uma dezena de coisinhas pequenas que eles tão esperando eu esquecer pra não deixar eu extender.
Enfim, só um desabafo de Domingo a noite de quem acabou de ir no site do Home Office e descobrir como será o processo e quanto ele vai me custar. Boa sorte pra Moi!
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Blue Monday
Essa história de que o inverno aqui é deprimente às vezes toma proporções… ridículas engracadissimas. Hoje, por exemplo, saiba você que estamos na que é considerada a Segunda-feira mais depressiva do ano. A chamada Blue Monday.
Basicamente um cara X neuro"cientista" foi contratado por uma campanha publicitaria (o que mais?) para inventar uma fórmula que calculasse porque hoje seria o dia mais podre do ano:
W = weather (clima, no caso hoje -1 grau quando acordei, brrrrr....)
D = debt (divida de final de ano, sabe como é né… a fatura do cartão do Natal já vai cair e a gente ainda não recebeu o salário de Janeiro, HELP)
T = tempo desde o Natal
Q = tempo que você já falhou nas suas resoluções de final de ano
M = nível de motivação (no meu caso quase negativo)
Na = sentimento de querer tomar uma atitute
Q = tempo que você já falhou nas suas resoluções de final de ano
M = nível de motivação (no meu caso quase negativo)
Na = sentimento de querer tomar uma atitute
Ou seja, bullshit, mas uma besteira ótema, porque a galhera pegou esse negócio quase como se fosse verdade e todo ano discute-se a "veracidade" da fórmula, sua eficácia, credibilidade, etc.
Eu particularmente discordo. Nem pela fórmula não fazer nenhum sentido matemático deeer, mas porque hoje estava um dia liiiiindo (sol, muito sol!), fui mais tarde pro trabalho, sai um pocuo mais cedo. Beleza pura.
Deprimente mesmo, mesmo é a Segunda-feira da volta das férias quando quer que ela seja. Aquela Segunda-feira que você não consegue acordar por nada no mundo, demora 3h no trabalho pra ler emails, é bombardeado com um monte de coisas que nem lembrava mais e sente sua alegria se esvair devagar e lentamente, junto com o (pouco) de bronzeado que restava. A minha foi semana passada e pelo menos tenho um consolo, né: pior do que a última Segunda-feira, pra mim impossível , agora 2012 ssó tem a melhorar! :)
(essa foto prá variar não é minha né, roubei ai de algum lugar da internerd. beijos).
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Quem dá menos?
Na falta de algo útil pra contar, tive que vir aqui agora deixar meu depoimento do que eu sou obrigada a ouvir às 22h de uma Quinta-feira a noite.
Estamos nozes jogados no sofá, cada um com sua meia hora de inutilidade que resta no dia: Rodrigo jogando um poker de faroeste no video game (?!) e eu.... bom, eu admito, estava assistindo Mulheres Ricas. Que que eu posso fazer né gente se essas loucas nos divertem tanto, é um estudo antropo-psico-patológico assistir esse programa, enfim.
Dai Rodrigo me vem com a história de "que vergonha você assistir uma coisa inútil dessas, quem são essas pessoas, isso é muito inútil, fútil, você não aprende nada" etc etc etc. Eu só dei uma risadinha e olhei pra TV, porque né? Se ele ainda estivesse desenvolvendo um sistema de mapeamento da teoria do caos, uma tese sobre as implicações do crescimento econômico Chinês, ou só lendo um livro vá lá. Mas cadê a moral de uma pessoa enquanto joga baralho de desenho pela televisão como um caubói?
Só que Rodrigo não perde nem para o trem (já diria minha mãe) e ainda me responde: "Ah nem vem, esse jogo é muito mais útil, pelo menos eu não tô ai assistindo, tô jogando pôker, tô DESENVOLVENDO MINHAS HABILIDADES EM PROBABILIDADE".
....
Sem mais, meritíssimo.
Estamos nozes jogados no sofá, cada um com sua meia hora de inutilidade que resta no dia: Rodrigo jogando um poker de faroeste no video game (?!) e eu.... bom, eu admito, estava assistindo Mulheres Ricas. Que que eu posso fazer né gente se essas loucas nos divertem tanto, é um estudo antropo-psico-patológico assistir esse programa, enfim.
Dai Rodrigo me vem com a história de "que vergonha você assistir uma coisa inútil dessas, quem são essas pessoas, isso é muito inútil, fútil, você não aprende nada" etc etc etc. Eu só dei uma risadinha e olhei pra TV, porque né? Se ele ainda estivesse desenvolvendo um sistema de mapeamento da teoria do caos, uma tese sobre as implicações do crescimento econômico Chinês, ou só lendo um livro vá lá. Mas cadê a moral de uma pessoa enquanto joga baralho de desenho pela televisão como um caubói?
Só que Rodrigo não perde nem para o trem (já diria minha mãe) e ainda me responde: "Ah nem vem, esse jogo é muito mais útil, pelo menos eu não tô ai assistindo, tô jogando pôker, tô DESENVOLVENDO MINHAS HABILIDADES EM PROBABILIDADE".
....
Sem mais, meritíssimo.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Vortei!
Uepa! Pois então que eu estive no Brasil nas últimas duas semanas, óia que beleza? Foi a temporada de férias mais offline que já fiz, sem celular e sem quase chegar no computador, amei! Não sei, parece que o distanciamento e o descanso são maiores, vai entender. Enfim, só pra iniciar o ano bem e afastar a perspectiva de que amanhã tudo volta ao normal, abaixo o balanço básico-geral-já-li-tudo-isso-antes dessa temporadinha no meu amado país:
- Fiz tudo o que eu queria e nada do que deveria. Basicamente, consegui ver um pouquinho (inho!) de (quase) todo mundo que planejei e foi ótemo, muito divertido, atualização das fofocas, uma beleza. Exatamente como a Amanda descreveu nesse post: almoçar com as amigas, chá da tarde na casa da tia, dormir na casa da melhor amiga, acordar cedo pra ir passear com o irmão... :) Mas as duas últimas semanas passaram e não fui em nenhum médico, não fechei minha conta no Santander (ódio mortal pra você Santnnder, um beijo), não consertei os sapatos que tinha levado só pra isso, não comprei nada da tradicional lista de artigos de sobrevivência para Brasileiros expatriados (tais como Nescau, polvilho, esmaltes de R$2,00, etc ...).
- Aliás comprei pouca coisa e realmente ALGUMAS coisas estão tão caras que várias vezes precisava fazer a conversão contrária pra ver quantas muitas libras custava uma blusinha. Mas assim também: a gente fala muito, reclama muito do preço do Brasil, mas eu, especificamente, não posso reclamar muito não. Primeiro porque achei coisas ótimas por preços bem razoáveis! E eu aqui só tenho comprado roupa no Primark ou na Zara, então não dá pra comparar Primark com loja de shopping né. Se no brasil eu tivesse a paciência de guerrear no centro da cidade como eu faço guerra no Primark, fato que as coisas seriam um pouco mais equivalentes. Afinal se aqui eu muuuito raramente compro numa loja tipo L.K. Bennet, porque lá eu acho que deveria comprar na Bob Store ou na Mob? Enfim, divagações...
- Comi muita, mas MUITA pizza, uma coisa absurda mesmo. E muito, mas MUITO brigadeiro, depois que descobri a tal da Brigadeiria graças à minha cunhadinha. Mas nem lembrei de ir no rodízio Japonês (!) e meu maior feito culinário foi aprender a fazer o super-dooper Arroz de Lentilha que Tia Cuca ensinou-me e que modéstia a parte, ficou bão. Rodriguinho vai comer mointo esse ano, ainda bem que ele adora!
- A primeira vez que eu fui de férias pro Brasil voltei sossegadona pra cá, acho que tinha visto que tudo ia sair bem, tava se ajeitando, voltei sussa. Da segunda vez, estranhamente ao contrário, eu fiquei MUITO mal, chorei pacas, queria voltar pro Brasil ontem. Dessa vez acho que tô menos bipolar e normal: triste com o fim das férias, deixar amigos, família e eventos por lá, mas feliz que voltei pra nossa casinha, pro Rodriguénho, pra nossa vidinha atual. E com a certeza de que a gente um dia fica por lá mesmo, mas que por ora estamos bem aqui, tem bastante coisa ainda pra fazer e quando for a hora a gente pensa um pouco mais no assunto!
Enfim, isso ae, realidade bate à porta e amanhã é a Segunda-feira mais temida e NÃO esperada do meu ano... Mas tudo bem, dessas férias gostosas ainda tenho as boas lembranças, as fotos e as picadas de pernilongo ;)
- Fiz tudo o que eu queria e nada do que deveria. Basicamente, consegui ver um pouquinho (inho!) de (quase) todo mundo que planejei e foi ótemo, muito divertido, atualização das fofocas, uma beleza. Exatamente como a Amanda descreveu nesse post: almoçar com as amigas, chá da tarde na casa da tia, dormir na casa da melhor amiga, acordar cedo pra ir passear com o irmão... :) Mas as duas últimas semanas passaram e não fui em nenhum médico, não fechei minha conta no Santander (ódio mortal pra você Santnnder, um beijo), não consertei os sapatos que tinha levado só pra isso, não comprei nada da tradicional lista de artigos de sobrevivência para Brasileiros expatriados (tais como Nescau, polvilho, esmaltes de R$2,00, etc ...).
- Aliás comprei pouca coisa e realmente ALGUMAS coisas estão tão caras que várias vezes precisava fazer a conversão contrária pra ver quantas muitas libras custava uma blusinha. Mas assim também: a gente fala muito, reclama muito do preço do Brasil, mas eu, especificamente, não posso reclamar muito não. Primeiro porque achei coisas ótimas por preços bem razoáveis! E eu aqui só tenho comprado roupa no Primark ou na Zara, então não dá pra comparar Primark com loja de shopping né. Se no brasil eu tivesse a paciência de guerrear no centro da cidade como eu faço guerra no Primark, fato que as coisas seriam um pouco mais equivalentes. Afinal se aqui eu muuuito raramente compro numa loja tipo L.K. Bennet, porque lá eu acho que deveria comprar na Bob Store ou na Mob? Enfim, divagações...
- Comi muita, mas MUITA pizza, uma coisa absurda mesmo. E muito, mas MUITO brigadeiro, depois que descobri a tal da Brigadeiria graças à minha cunhadinha. Mas nem lembrei de ir no rodízio Japonês (!) e meu maior feito culinário foi aprender a fazer o super-dooper Arroz de Lentilha que Tia Cuca ensinou-me e que modéstia a parte, ficou bão. Rodriguinho vai comer mointo esse ano, ainda bem que ele adora!
- A primeira vez que eu fui de férias pro Brasil voltei sossegadona pra cá, acho que tinha visto que tudo ia sair bem, tava se ajeitando, voltei sussa. Da segunda vez, estranhamente ao contrário, eu fiquei MUITO mal, chorei pacas, queria voltar pro Brasil ontem. Dessa vez acho que tô menos bipolar e normal: triste com o fim das férias, deixar amigos, família e eventos por lá, mas feliz que voltei pra nossa casinha, pro Rodriguénho, pra nossa vidinha atual. E com a certeza de que a gente um dia fica por lá mesmo, mas que por ora estamos bem aqui, tem bastante coisa ainda pra fazer e quando for a hora a gente pensa um pouco mais no assunto!
Enfim, isso ae, realidade bate à porta e amanhã é a Segunda-feira mais temida e NÃO esperada do meu ano... Mas tudo bem, dessas férias gostosas ainda tenho as boas lembranças, as fotos e as picadas de pernilongo ;)
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