Um tchau oficial

Hoje faz 5 anos. 5 anos que vim pra Londres 5.ANOS. CINCOANOS. Pra quem achava que nem ia renovar o visto, já quase dobrei minha expectativa inicial ;) 

Penso em um milhão de coisas que tenho vontade de escrever sobre esses últimos 5 anos e ao mesmo tempo não consigo me organizar pra escrevê-las. Foi tanta coisa que aconteceu, tanta coisa pra acontecer ainda e tantas dúvidas o tempo todo que fica difícil saber por onde começar! Mas há muito tempo eu me cobro (e sou cobrada ne colhega! ;) pra encerrar meu tão querido bloguinho sem deixar apenas ele morrer sozinho, por isso quis me despedir dele nessa data especial de aniversário - ainda que minha história em Londres tenha continuado desde esse último post aí de baixo de (que vergonha, marina tsc tsc tsc...), Janeiro de 2013!

Não sei extamente porque parei de escrever, não sei mesmo. Enjoei, empreguicei, vai saber.  Talvez eu tenha criado o blog porque queria dividir essa experiência diferente, as mudanças, as viagens... acho que depois de um tempo que a vida aqui passou a ser o “comum” e não o extraordinário (sim, ainda acho extraordinário morar em Londres, mas deu pra entender neam) eu senti que tinha menos novidades pra contar. Enfim, eu adoro que daqui muitos anos vou poder ler quem eu era aos 23 e lembrar em detalhes os meus primeiros 2, 3 anos em Londres! Fora que o blog me rendeu alguns dos meus melhores amigos na vida e por isso eu ja sou muito grata!

Desde que parei de escrever já mudei de emprego de novo (e se o outro era longe, minha gente, eu praticamente agora trabalho nas Arábias a esquerda). Aprendi a dirigir do lado contrário. Casei em 2012. Casei em 2013 – o marido é o mesmo ;) Fomos pra Toscana, Zurich, Barcelona, Maldivas, Italia. Morei no East, moro no West e daqui há pouco vamos mudar de novo. Já faz tanto tempo, que as visitas começaram a se repetir, amigos que tinham saído de Londres já voltaram, outros muitos foram embora e não voltam mais. Pensei em escrever como cada vez mais me aperta a vontade de estar no Brasil e nossos planos caminhando pra isso, mas é tudo tão complexo e pessoal que não dou conta de escrever. 

Por agora me despeço decentemente (decentemente é bondade minha, considerando que abandonei esse espaco ha mais de 1 ano e meio!) e quem sabe um dia eu tenha vontade de escrever de novo né? 

Obrigada a todo mundo que teve interesse em ler sobre um pouquinho da minha vida.

Beijo beijo!

As comidas de Singapura

Entao tá, o ano começou, o Natal passou, vamos falar de coisa boua, vamos falar de comida. Não é exagero eu dizer que uma das coisas que mais gostei na viagem de Singapura foi a comida. Fomos em um monte de lugar diferente, de rua, barraquinha, restaurante chique, banquete, deu pra experimentar de tudo um pouco e conhecer bem a culinária de lá (que na verdade é um pouco de lá, um pouco da Malásia, um pouco Chinesa… maravilha).

Então sem mais delongas, pra quem tem curiosidade sobre essas coisas, aqui meus favoritos! (mentira, aqui vão os que eu consegui lembrar tsa?):´

Kaya: Kaya é um tipo de geléia de côco e ovo, que eles passam na torrada, em geral no café da manhã. Beeeeem docinho, not my cup of tea, mas é gostosinho!

Torradas matinais com Kaya - a foto não é minha!

Drunken Prawns: lá tem bastaaaante coisa com frutos do mar e comemos diversos, inclusive aquele mega grandão que você quebra quase que com um alicate, sabe? ;) Mas o que eu mais gostei mesmo foram os Drunken Prawns, que são camarães cozidos em um caldo delicioso com álcool, beeeem bom! Não sei direito o que vai, já li sobre receitas com rum e abacaxi e cajun, não sei. Mas é de lamber os dedos (até porque é daqueles que você come com o lencinho úmido do lado).

Essa foto também não é minha!

Chicken rice: esse é um prato bem simplão e bem tradicional, nosso amigo nos levou num buraco no meio do centro, foi ótimo. Naaada mais é do que arroz feito com caldo de frango, olha que beleza. E dai ele é servido com vários acompanhamentos que incluem frango (obviamente), outras carnes, vegetais, e uns molhinhos… um dos molhos mais tradicionais é o de gengibre, que é bem fortchenho!

Foto da frente do buraco onde fomos comer; a do meio não é minha, meramente ilustrativa hehe; a gente comendo

Singapore spring rolls: basicamente um spring roll mais saudável, porque ele nao é frito… mas o gosto é bem parecido, o recheio é igual, ou seja: tão gostoso quanto ;)

Esse é um lugar muito gostoso que tem perto de escritórios e muita gente vai pra almoçar e depois do expediente. É bem simples, uma praça de alimentação aberta com várias "barracas" e você escolhe o que e onde quer comer.

Mango Sago: acho que essa sobremesa está no top das coisas que eu experimentei lá, adorei! Eles tem várias sopas de sobremesas, frias e quentes e de milhares de sabores, dos mais estranhos (Red Beans, por exemplo) aos mais normais de frutas. Escolhemos a de manga que é tradicional, mas "normal" e A-MA-MOS! Vai obviamente suco de manga, pedacinhos de manga, sagu e... condensed milk! NHAMI.

Nosso amigo posando lhendo, a do meio não é minha, mas ilustra bem a sopinha e essa de baixo foi a que comemos!

Bird's Nest Soup ou... sopa de saliva de passarinho, ui: ok, controverso esse, nojento pra maioria, mas tem gosto de na-da. Pasme, é uma iguaria Chinesa carésima, super específica e difícil de "conseguir". Isso porque ela é feita literalmente com o ninho de um passarinho que constrói o ninho inteiramente com sua própria saliva! Esse tipo de ninho é construído apenas 3x por ano e aparentemente o primeiro ninho do ano é o mais caro, já que é o mais limpo e transparente. Uma sopa dessas pode custar até 100 dólares (!), o que achei chocante pra um negócio tão absolutamente sem gosto. Mas enfim, eles fazem a sopa e incluem frango, vegetais, etc… foi legal a experiência, mas em termos culinários, nhé...

Comemos muito, muito mesmo e experimentamos mais um monte de coisas que infelizmente já deixei passar (como uma sopa com costela de porco que não lembro direito, huuum). Uma observação que vale também é que todos os sucos de fruta que experimentei lá são extremamente doces! Além de cana-de-açucar igualzinha a nossa, eles têm diversas frutas da região que são super diferentes e gostosas, mas que dão uns sucos doces por demais pra mim.

Ah ,isso tudo, tudinho mesmo, noite e dia, dia e noite, acompanhado de chá. Muito chá. Chá o tempo todo, não deixam seu chá ficar vazio um minuto. Adorei e apesar de quente, é bem necessário. Com o calor sufocante é bem importante não esquecer de se hidratar e o chazinho me ajudou bem nessa hora! 

Boxing Day

Turum tssss

Terceiro ano que acabo passando o Natal aqui, mas nunca tive curiosidade ou vontade de ir no Boxing Day. Aliás igual a Helô eu no começo nem sabia direito o que era e, se alguém também não sabe é basicamente o dia.da.loucura. O dia que as pessoas perdem o pouco da dignidade que resta depois do Natal pra acordar de madrugada e esperar nas filas pras lojas abrirem e elas comprarem alguma coisa com desconto. Um Black Friday pós-Natalino.

Enfim, como estava aqui por perto e sem nada pra fazer em casa, decidi viver essa edificante experiência de vida ontem. Acordei um pouco antes das 9h e fui andando pra Selfridges (uma das liquidações mais esperadas) na maior, achando que eu tava espertona chegando cedo. Gente, GENTE. 

As pessoas são doidas mesmo né? Beirando o retardo mental? Porque não é possível, levantar às 5h da manhã pra ficar numa fila de quarteirão pra comprar algo com desconto? Super entendo uma pessoa que tem dificuldades e/ou precisa comprar uma geladeira, uma máquina de lavar (ou um vestido de noiva tipo episódio de Friends hoho), mas na real: uma bolsa? Um óculos escuro? Tem que ser muito aficcionado por marcas, ou bem doido mesmo. 

Enfim, long story short eu dei muita sorte porque entrei no final da fila de quarteirão, mas na frente da porta e obviamente quando abriu ninguém respeitou fila nenhuma, aquela zona digna de televisão e fui uma das primeiras a entrar. Mas olha, eu só conseguia rir, de verdade as pessoas enlouquecem, gente correndo pela loja, caindo, as Orientais doidas agarrando tudo que viam pela frente, nunca vi coisa igual. 

Lá não achei nada que eu realmente precisava (mesmo no dia da loucura eu sou muito focada e as coisas de lá em geral vão de muito caro para apenas caro) então sai e fui dar uma voltinha pela rua. Acabei comprando umas coisitchas porque né, soy mujer, mas chega uma hora que não dá mais, voltar pra casa vira um objetivo de vida, conforme o dia vai passando as lojas beiram o insuportável e você só quer morrer.

Mas tudo bem, de verdade eu curti a experiência (não, não volto nunca mais), mas meu conselho é ir QUALQUER outro dia com calma e cabeça fria, afinal os descontos continuam acho que até o final de Janeiro.

Eu ri muito, dos maridos sentados com cara de raiva, das mulheres que arrancam bolsas uma das outras, das filas na porta da Next e da Topshop... mas no fundo é tudo um pouco deprimente, essa necessidade que a gente tem de compraaaaaar, consumir, de ter algo da "moda" ou de marca (na maioria das vezes igual ao que todo mundo já tem...) mesmo que isso custe uma noite de sono, um dia exaustivo, uma briga com o companheiro e um buraco na conta. Eu rio, mas é triste!

Feliz Natal!

Amigos queridos,

Sou sumida, mas queria deixar um super Feliz Natal pra todos, nesse dia que é tão especial....!

Estranho passar o dia 24 cozinhando sozinha em casa, médio trabalhando, quietinha, sempre estive acostumada àquela bagunça o dia todo, todo mundo chegando em casa, muito falatório, desastres culinários (esse não pode ocorrer aqui em casa hoje hein!), enfim, FAMÍLIA o dia todo!!!

Mas nosso Natal vai ser uma delícia com a nossa famíia "daqui", mais tarde vamos pra casa da Helô e do Martin pra uma super hiper ceia que promete! :) Aliás tô responsável pelas sobremesas, orem por mim hehehe. Porque a pressão é grande e, né? Já pensou Natal sem sobremesa é de chorar. Depois conto o que tô fazendo e se deu certo...

E só pra dar um gancho no tema "Londres" e o Natal por aqui, a Eneida do Londres pra Principiantes acabou de publicar um time-lapse lindo do Natal Londrino. Vê aqui e um ótimo Natal e muito amor pra todos! 

MERRY CHRISTMAS

Final de semana!

Antes de eu contar a parte mais interessante de Singapura (= comida, sempre) melhor eu falar do final de semana antes que eu pra variar esqueça. 


No Sábado esquentou muito (9 graus, quase verão uhuu!) e como Rodrigo tava fora, resolvi fazer um programa que ele odiaria: inspirada pela Tia Cuca que passeou por lá semana passada, fui andar pela Marylebone High Street. Fazia um tempinho que não ia até lá e é uma rua tão gostosinha e fácil de ir, super recomendo pra quem fica em Londres passeando mais tempo ou vem pela segunda vez com mais calma!

Esse é o hotel onde almoçamos no dia do civil, muito delícia e muito lindo!

Basicamente é uma rua como tantas outras, uma graça ;) Acho que o diferencial é ela ter cara de high street arrumadinha de interiorrr e ter tantas lojas diferentes pra fuçar, restaurantes gostosinhos pra comer... Porque apesar de ter lojas bem conhecidas e de rede como a Cath Kidson, L.K Bennet, o legal mesmo são as lojas menores e únicas, com coisas que não tem em massa em qualquer lugar (vide que isso, no geral, significa que as coisas também tem um preço único e super diferenciado também, uma pena hehe). Aliás agora em Dezembro tem um Christmas Market bem no comecinho da rua bem bonitinho pra incluir no passeio! 

Essa Conran fica bem no comecinho e é bem grande, uma loja incrível com móveis e acessórios divertidos, lindos e carésimos ;) E o Cotidie é o restaurante que Tia Cuca foi e AMOU, tentei almoçar lá, mas estava lotado já! 

Ah fora que dali é um pulo descer até a George St e passar na Wallace Collection (que já contei aqui!), visitar e ainda tomar um chá da tarde no restaurante lindinho que tem lá dentro. Sabado só passei rapidinho nas salas que eu mais gosto, na lojinha (obéveo), mas ja vortei rapidinho pra ficar quentinha em casa, porque dai comecou a esfriar e pros nossos padrões invernais eu já tinha ficado um tempão na rua ;)

Domingo é que foi um dia absolutamente atípico. Eu, que odeio acordar cedo no final de semana, detesto balada e não ligo tanto pra futebol, entrei absurdamente no clima e fui com o Ro e uns amigos no Guanabara assistir a final do Corinthians contra o Chelsea. 

E olha, contra todas as expectativas foi beeem gostoso, porque no fim das contas é bem legal assistir esses jogos com um monte de gente vibrando, cantando, aproveitando. Ainda mais quando nosso time ganha neam? ;) 

Enfim, foi uma bagunça, coxinha, pão de queijo e caipirinha as 10h30 da manhã, mas tá valendo. Minha sorte é que foi cedo, voltamos pra casa e ficamos mongando até de noite, esperando pela semana que promete ser a mais eterna do ano - porque né, semana pré-férias e semana pós-férias são as maaaaaais lentas...

Boa semana colhegas!

Casamento em Singapura

Putz então, deixa eu contar de Singapura! Vários amigos da faculdade do Rô são de lá, a gente já quase foi pra um outro casamento, não deu, então esse ano um dos melhores amigos também ia casar e tiveeeemos que ir ;) A gente fez muita, muita coisa nos 6 dias que estivemos lá, mas obviamente a maior parte do final de semana ficou pro casamento, ou "casamentos" já que fomos nos dois dias de celebração.

Os noivos, super legais que nos levaram pra conhecer lugares que nunca teríamos ido!

O primeiro "evento" que participamos foi o "Gate Crash" que é uma tradição de Singapura e da Malásia em que o noivo tem que ir até a casa da noiva buscá-la, junto com seus "brothers" (vulgo padrinhos pra nós). Mas as "sisters" (amigas) da noiva organizam desafios/obstáculos que o noivo e seus amigos tem que passar pra poder chegar até a noiva. No caso, elas fizeram uma coisa mega elaborada, que incluiu todos os caras dançarem Lord of the Dance para as tias Irlandesas da noiva, vários mini-desafios que cada padrinho teve que fazer e um monte de coisa legal que levou umas duas horas!*

Depois disso todo mundo se arrumou e fomos pra celebração "ocidental", que foi em um restaurante super gostoso, mais informal e com todos os amigos dos noivos e famílias. Mais tarde ainda acabamos indo pra uma balada que é um clube fechado, aparentemente mega exclusivo e incrível, mas eu não tenho muita memória dessa parte da noite (don't.ask).

            

Passei o dia seguinte numa ressaca sem precedentes, mas tinha que manter a dignidade porque como viemos de tão longe eles nos convidaram para o casamento Chinês, no hotel onde ficamos. O casamento Chinês tradicional é beeeem formal e geralmente é mais uma celebração pros pais do que pros noivos. São convidados os amigos dos pais quase exclusivamente, não tem música, não tem dança, é um banquete com um brinde muito do civilizado. Mas também foi uma experiência e tanto, estar em uma celebração tão diferente das nossas é muito legal e sempre uma chance de aprender várias coisas!

Foto ruim, do celular, única que temos, hunf.

O Banquete foi precedido pela cerimônia do chá, que é uma tradição em que os noivos servem chá para os mais velhos das suas familias, mas foi bem rapidinho. 

E dai entramos para o banquete e, gente. GENTE.

Foram NOVE pratos, um mais maravilhoso que o outro e come-se de tudo: de sopa de saliva de passarinho (uma iguaria Chinesa, depois conto como é) a pato, porco, peixe, frango… vai de tudo ;) Comemos até não poder mais, ouvimos o discurso dos irmãos dos noivos, fugi pra ver o finalzinho da final masculina do vôlei nas Olimpíadas (voltei arrasada), brindamos com a cascata de champanhe e de repente, não mais que de repente, terminou a sobremesa todo mundo levantou e foi embora. É super estranho, porque é mesmo silencioso, sem muita festa, muita risada, o povo comeu, levantou, foi embora, aca

Enfim, no estado em que nos encontrávamos só nos restou ir pra cama cedo naquela noite. Mas foi um final de semana e tanto, aproveitamos demais e já ficamos programando com o outro amigo do Rô (que ainda esta morando aqui) que ele tem que casar logo mais, só pra gente poder ir de novo! :)

L'Atelier de Joel Robuchon

Uma das coisas que esqueci de comentar é que em Outubro teve London Restaurant Festival de novo por aqui! Ano passado nós fomos no Apsleys do Heinz Beck e foi incrível, então esse ano queríamos ir em algum outro bem bom também. Resolvemos ir no L'Atelier de Joel Robuchon, um restaurante 2 estrelas Michellin, ele é um chef "da muoda", fica bem no meio de Covent Garden, não tinha erro, né? Erm…. Médio.

Claro, de novo digo que ruim não tava. Comemos bem, bebemos um vinho bom, mas… okay. Quando vou num restaurante desses, com tanto pirlimpimpim em volta, vou com a expectativa alta mesmo e eu sempre espero uma comida à altura do preço que eles pedem, uai! :) Então que num lugar desses nunca quero só comer bem, quero comer muito bem e de preferência ser surpreendida!

Eu gostei da decoração, gosto da idéia de sentar no counter e poder ver os caras preparando tudo, nos mííínimos detalhes, muito legal ver eles fazendo a apresentação do prato. Só que a comida não foi assim, essa perdição que você espera e não quer que acabe nunca, sabe como? 

A gente sentou por ali, bem na frente da cozinha, recomendo!

De entrada eu comi uma sopa nada surpreendente (nem terminei), mas devo dizer que a minha decepção foi compensada pela entrada do Rodrigo, um carpaccio de Sea Bass que realmente tava maravilhoso com Espelette Chilli, (até eu gostei!), delícia mesmo.

Prato principal (que né, deveria ser o principal...) nem lembro, juro. Eu pedi um frango que tava gostoso, mas um pouco salgado e o Rô uma carne que tava bem gostosa e levinha, mas nada demais. A melhor parte foi, sem brincadeira, um pratinho de couve-flor a parte que eles trouxeram que disputamos!

Enfim, de tudo de tudo, só devo fazer jus mesmo às sobremesas. Essas sim, es-pe-ta-cu-la-res. A do Rodrigo além de linda era deliciosa, uma torta com maracujá azedinha na medida certa, ele nem deixou eu chegar muito perto ;) E o que dizer do meu? Era um praline de Hazelnut com mousse de chocolate meio amargo, creme de toffee e sorvete de creme. Olha… comi até raspar o prato, não era NADA enjoativo por incrível que pareça, a combinação ficou ótima e a textura tava incrível! *sigh* Esse sim, inesquecível.

Enfim, resumindo: se você me perguntar se vale a pena, não sei, viu... Pelo preço eu acho que não vale não, já fui em restaurantes melhores e diferentes eu acho. Mas né? Comer bem e comer muito você vai, com certeza e só essa sobremesa já valeu! :)

Renascendo das cinzas

Não é por falta de assunto, nem por falta de tempo, nem falta de vontade. Não sei o que foi e por que (por quê?) eu dei essa abandonada federal nesse bloguinho querido, mas ele há de voltar!

Vejam vocês, tenho tantos assuntos importantississímos:

- Fomos pra Singapura em Agosto, veja você. Logo depois da aventura doméstica com nosso pet viajamos, nem comentei aqui e MEUDEOS quanta coisa tem pra contar de lá, que viagem incrível! (detalhes úteis podem ser encontrados aqui no Aprendiz de Viajante. Para os inúteis, aguardem esse espaço hoho ;)

 Vista do Ku De Ta no Marina Bay Sands, muito imperdível!

- Na semana seguinte fomos pro Brasil no casamento do meu irmão. Perdi o do Rubens, mas pelo menos pudemos aproveitar muito o do Rafa! Aliás, assunto casamento é o que não falta, dos outros e o nosso no ano que vem! Mas não vou encher muito com isso não, eu modéstia a parte sou uma noiva mó legal, já fechei a maioria das coisas chatas (leia-se caras) e agora faltam mais os detalhes legais só. 

Falta mointo ainda pro nosso, então enquanto isso curtimos os casamentos alheios, esse foi o da Ju nesse Sábado, lindo, lindo...!

- Fiz também um moooonte de coisas aqui na Inglaterra que tenho que comentar. Fiz uma listinha de coisas que ainda não tinha feito por aqui e tô devagar e lentamente riscando algumas coisas, como a National Gallery (siiiiiim, crime eu não tinha ido ainda), Hampton Court Palace, restaurantes gostosos, enfim. Tudo que eu deveria ter comentado e larguei mão.

Já é Natal em London Town! E esse ano estaremos por aqui abusando da hospitalidade de Helô e Martin ;)

Mas é isso, hoje voltei do Brasil (de novo, outro casamento, lindo aliás), amanhã a vida volta ao normal e tenho que re-incorporar meu hábito de escrever djá! 

(e né, obrigada pelo incentivo dos que ainda vêm aqui! ;))) 

Nosso primeiro pet

Fazia um tempão que não nos deparávamos com as nojeiras domésticas que eventualmente aparecem na vida. Acho que o Universo estava nos preparando para o pior ;)

Quarta-feira voltamos de viagem e não notamos nada diferente. Foi só ontem (só de pensar que demorou 4 dias me dá arrepio), quando fui cozinhar o almoço e abri o armário pra pegar o arroz que notei.... as coisinhas.

As coisinhas... eram 3 cocozinhos. De rato. Dentro do armário. De comidas.

(cai a lágrima)

Daí pra avistar o pacote de amendoim todo mordiscado e os amendoizinhos caídos pelos lados foi um segundo. Pra eu chamar o Rodrigo e chegar a conclusão de que tínhamos visita foram 2 segundos. Pra tirarmos tudo do armário, jogarmos a grande maioria fora, lavar todo o resto, desinfetar (e limpar mais vários outros cocozitos) e recuperar do trauma (#exagero) foi boa parte do nosso dia.

E foi assim que num dos únicos Sábados de 2012 acima dos 25 graus saímos de casa pra ir... na Robert Dyas.

É inacreditável a quantidade de absurdos que se vende contra ratos, juro. E Rodrigo quis comprar TUDO. Um treco eletromagnético que transmite ondas que os ratos não gostam (???), uns negócios de tomada que emite sons inperceptíveis pra nós, aquelas casinhas com veneno e só não deixei ele comprar uma ratoeira porque DEUS ME LIVRE de eu abrir o armário e ter um ratinho morto lá dentro.

Mas enfim, nosso dia até que demorou, porque morando em Londres invariavelmente um rato aparece em casa. O negócio é lutar pra ele nunca mais voltar. Nas palavras do marido "ele entrou na minha casa, comeu minha comida e fez cocô no meu armário? Vai ter uma morte dolorosa". 

Relato Olímpico atrasildo

Ok, mais de um mês de abandono do blog e uma semana de atraso, mas vou deixar aqui registrado como foram essas duas semanas de London 2012! Não tanto porque eu ache que todo mundo tenha que ouvir como me senti, mas porque eu não quero esquecer desses dias que foram tão especiais ;)

Eu não achei que fosse me empolgar TANTO. Primeiro porque até hoje não tinha conseguido acompanhar tão de perto nenhuma Olimpiada e segundo porque, assim como a grande maioria dos Londoners, fui picada pela mosca do ceticismo e achava que tudo iria virar um inferno, a cidade ia estar o caos, íamos todos morrer. Estava até alegrinha que ia viajar justamente nos últimos quatro dias. hunf.

E eis que obviamente aconteceu justamente o contrário (comigo e com todo mundo que tava em Londres!) e segundo o Rodrigo eu realmente peguei a Olympic Fever. O clima na cidade, depois de uma abertura maravilhosa e tão orgulhosamente Britânica, era de excitação e alegria (a abertura aliás, um capítulo a parte. Emocionante, 100% Britânica, linda, linda de arrepiar). Passei o final de semana inteirinho praticamente colada na TV, no computador e no Twitter e acompanhei as primeiras medalhas emocionantes do Brasil!

Impressionante como a gente se empolgou com esportes que nunca nem tinhamos visto ou dos quais não entendiamos nada, mas o importante era torcer, incentivar nossos atletas que fizeram tanto pra chegar até ali.

Uma das melhores coisas foi a transmissão da BBC. Com 24 canais pela TV ou na Internet (no meu caso!) a gente podia acompanhar qualquer esporte, qualquer time, qualquer coisa o tempo inteiro, não tinha como escapar! :)

Na primeira Segunda-feira, o clima apreensivo de como ficaria a cidade durou nem 30 minutos. A cidade estava vazia. Acho que foi uma conjunção de fatores mesmo. Muuuuuita gente nem se atreveu a sair de casa e trabalhou do sofá, muita gente fugiu da cidade antes mesmo de os jogos começarem e muita, muita gente estava muito ocupada acompanhando os esportes pra sair na rua e ficar passeando. Sucesso total.

A pior sensação foi mesmo a de estar preso no trabalho e perder várias eliminatórias. Nos primeiros dias não trabalhei NADA e só conseguia ficar acompanhando tudo, o tempo todo. Ironicamente eu queria ver todos os esportes, mas passava o dia só da cadeira do escritório direto pro sofá da sala :)

Na Terça fomos assistir nosso primeiro jogo, Brasil vs. Inglaterra no futebol feminino em Wimbledon. Chegar naquele estádio imenso já foi muito legal, sentir pela primeira vez o clima de pertinho não tem igual. Mas né, se todo mundo se lembra, foi super decepcionante e perdemos feio, feio mesmo, as meninas infelizmente jogaram mal e, pra piorar, a torcida da Inglaterra nos massacrou hehehe

 Os famosos assentos vazios, o maior "escândalo" e absurdo dessas Olimpíadas. Junte-se a isso um site terrível onde absolutamente ninguém conseguia entrar e o resultado era esse...

E a semana foi passando, me rendi e quando o Brasil não estava jogando, lutando, se classificando, minha torcida ia pra eles, impossível não se empolgar! No Sábado fomos numa baladinha de uma amiga e foi muito, muito emocionante assistir o ouro da Jessica Ennis no heptathlon e a vitória inesperada do Farah nos 10 mil metros, gritando e torcendo com os Britânicos como se eu fosse TeamGB desde criancinha.

No Domingo, graças as meninas do trabalho, conseguimos ingressos pro último jogo classificatório do Volei Feminino do Brasil e noooossa, como foi delicioso!

  Empolgadinhos na entrada de Earls Court!

Como a Helô comentou, acho que o vôlei foi a melhor parte pra mim, a que mais acompanhei, os jogos mais emocionantes, a torcida mais nervosa. Quando fomos ver esse jogo ainda estávamos com o medinho de não conseguirmos a classificação e por isso, no jogo anterior (o ingresso dava direito a 2 jogos) torcemos pros EUA contra a Turquia com a mesma paixão que torcemos pro Brasil.

Ganhamos o jogo, fomos avançando pra final e o resto é história ;)

Mas e ai que então no meio de toda a empolgação, de toda a torcida e do clima maravilhoso da cidade, tive que ir viajar. OBEEEVEO que não trocaria nossa viagem por nada no mundo, mas ó: dorzinha no coração. Fomos pra longe e com os horários todos bagunçados perdemos quase todas as finais e não pude acompanhar o finzinho de duas semanas que foram incríveis aqui em Londres. Minha única sorte foi que minimamente pude ver as notícias e acompanhar pelo twitter o que as colhegas iam comentando.


Aliás, uma das melhores coisas das Olimpíadas, mais do que a transmissão da BBC, foi a transmissão ao vivo pelo twitter e as inumeras horas que passamos conversando e torcendo apaixonadamente todo mundo junto! Sério, compartilhar minuto a minuto cada modalidade junto com um monte de gente tão empolgada quanto eu, conhecendo gente nova e comentando cada coisinha foi muito, muito gostoso.

Enfim, foi isso ai. Mais do que o Casamento Real ou o Jubileu da Rainha, essas foram as semanas mais legais e empolgantes desse tempo em que estamos aqui. Valeu cada minuto e não vou esquecer da sensação que é estar na cidade sede das Olimpíadas! To torcendo muito, muito mesmo pra que a gente consiga fazer um trabalho excelente em 2016 e que o Rio esteja tão feliz e animado quanto Londres estava nessas semanas...

De resto, agora estamos aqui todos orfãos. Bem como disse minha chefa, agora tá todo mundo curtindo um Olympics Blues, uma leve fosse e falta de assunto depois de toda a empolgação que passou! :)